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Quem tem mais direito à vida?


Como definir quem tem mais direito à vida no planeta? É inerente a todo ser vivo o instinto de preservação. Em qualquer legislação, preservamos o direito a nossa autopreservação e a dos nossos entes queridos. Todas as espécies animais compartilham de um instinto próprio de preservação , dando a cada membro da espécie o impulso de defender aos semelhantes das ameaças das demais espécies. Então, para cada uma, a sua é a mais importante. Parece que o instinto dá a todos os animais uma sabedoria inata, que só é acionada quando a vida está sob ameaça. Não vemos em todo o reino animal a agressão gratuita ou planejada, exceto entre os símios e os humanos. Há, sim, entre os carnívoros, a caça para matar a fome e, portanto, a autopreservação. O caçador é eficiente, causando o abate rápido e com menor sofrimento da presa. No âmbito instintivo é preservado o respeito ao ser retirada uma vida. A presa viveu livre, em companhia de seus semelhantes e teve a oportunidade de lutar pela sua própria preservação. Nós, humanos, suplantando o instinto com a inteligência, o corrompemos. Adicionamos, à nossa necessidade de sobreviver, a ganância, arrogância e até por simples prazer mórbido, como razões validadas para matar. Matamos, inclusive, membros da nossa própria espécie em razão destas necessidades. E hoje, em nosso modelo de sociedade organizada, onde o alimento é produzido, armazenado, acondicionado e disposto em prateleiras para ser facilmente acessado, teríamos uma infinidade de fontes alimentares disponíveis, tornando fútil tirar uma vida com o objetivo de subsistência própria, dos nossos entes queridos ou mesmo da nossa espécie. Matamos, simplesmente, por prazer. E, como se não bastasse, submetemos estes seres totalmente indefesos, a atrocidades antes de serem sacrificados. Confinamento, alimentação inadequada, tortura emocional e, por fim, uma morte nem sempre indolor. Imaginemos que uma espécie mais evoluída que nós, contra a qual não tivéssemos a menor chance, nos escravizasse, oprimisse e matasse nossos filhos para alimentar-se deles pelo simples prazer do paladar. Somos mais inteligentes? Somos mais evoluídos? Temos o direito de usufruir de tudo que a natureza provê para nosso deleite? Ou somos mais inteligentes e evoluídos e, portanto, mais responsáveis pelos nossos atos? Temos a concepção de que o maior deve proteger o menor e o mais forte deve proteger o mais fraco. Mas, egoisticamente, validamos isto apenas para a nossa espécie. Ainda somos bárbaros em evolução. Mas, para evoluir, é preciso tomar consciência do que são barbarismos. Do contrário, mantemos a estagnação num delirio de que já somos os seres mais evoluidos do Universo.

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